A obra de Héctor Zamora nasce como uma resposta direta às características dos prédios que compõem a Casa de Cultura Mario Quintana e que delimitam a Travessa dos Cataventos. A distância que existe entre as duas fachadas cria uma singularidade espacial. As varandas propõem um jogo de aproximação entre os dois lados, lembrando os varais e as roupas penduradas nas ruas e travessas de pedestres de muitas cidades ao redor do mundo, sobretudo em bairros populares. Zamora apresenta um conjunto de 21 varais que recebem lençóis coloridos pensados pelo artista como pinturas tridimensionais. Os tecidos pendurados criam jogos cromáticos com três tons. A obra de Zamora busca proporcionar uma experiência única aos passantes da Travessa dos Cataventos, propondo um momento de alegria colorida. Desta forma, faz um comentário político sutil ao opor o momento histórico a uma vivência emocional, oferecida ao público, criada pelo jogo da luz, da cor e do vento.
Héctor Zamora’s work is conceived as a direct response to the characteristics of the buildings that compose Casa de Cultura Mario Quintana and delimit the Travessa dos Cataventos. The distance between the two façades creates a spatial singularity. The balconies propose a game of approximation between the two sides, reminiscent of the clotheslines and the clothes hanged in the streets and pedestrian crossings of many cities around the world, particularly in low-income neighborhoods. Zamora displays a set of 21 clotheslines with colored sheets designed by the artist as tridimensional paintings. The hanging sheets, in three tones, create chromatic games. Zamora’s work seeks to provide a unique experience to passersby at Travessa dos Cataventos, proposing a moment of colorful joy. Therefore, making a subtle political comment by opposing the historical moment to an emotional experience offered to the public and created by a play of light, color and wind.